sábado, 15 de setembro de 2012

A girafa que comia estrelas - José Eduardo Água Lusa

 

Às vezes a mãe ralhava com ela:

- Olímpia! Olha que te constipas. É a pior coisa que pode acontecer a uma girafa!

Apesar disso, Olímpia durante o dia andava sempre com a cabeça nas nuvens à procura de anjos, porque antes de sua avó morrer, Dona Rosália, dissera-lhe que os anjos lá dormiam. De noite subia ao cume do morro mais alto da savana africana, comia o seu jantar, as estrelas, eram picantes, mas tinham um saboroso sabor a pêssego que, era a parte que ela mais gostava

Depois de alguns dias, a Olímpia encontrou uma coisa, era uma galinha-do-mato. Como Olímpia nunca a vira, esta perguntou-lhe se era um anjo, ou se os tinha visto, nesta conversa tornaram-se as melhores amigas. Ela dizia vários provérbios como:

“Quem tudo quer tudo perde.”

“Devagar se vai ao longe.”

“Nem tudo o que reluz é oiro.”

Etc.

Neste caso, como Dona Margarida morava nas nuvens, viajava por vários sítios como: Nova Iorque, Lisboa e até Luanda. Ela dizia que os homens viviam empoleirados uns em cima dos outros em galinheiros enormes.

Certo dia, Olímpia reparou que o céu estava sem nuvens e sem Dona Margarida.

Deixou de chover e os animais estavam a morrer, o capim secara e as árvores perderam as folhas.

Olímpia foi de imediato procurar Dona Margarida, encontrou-a mas com muita sorte, pois a nuvem estava a sair do sítio, e contou-lhe o que estava a acontecer.

As duas sopraram as nuvens e pouco a pouco arranjaram uma boa centena de nuvens. Para chover Dona Margarida arrancou uma pena da asinha direita e fez cócegas no nariz da girafa. Esta espirrou de imediato e choveu durante três dias e assim ficaram os problemas resolvidos.

É por isso que até hoje as girafas são amigas das galinhas-do-mato.
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